O termo designa a discriminação que pode ocorrer pela falta de informação ou pelos atos de preconceito
Por Ariella Dias - psicopedagoga e terapeuta ABA
Apesar do termo “capacitismo” descrever atos de discriminação, preconceito ou atitudes hostis contra pessoas com deficiência, também designa o excesso de cuidado que pode incapacitar o desenvolvimento das capacidades cognitivas. Isso infere sobre as barreiras para a inclusão social, que tem por princípio operar a partir do incentivo ao protagonismo social.
É entendido que as pessoas com deficiência precisam de adaptações para o exercício de sua cidadania, inclusive muitas reuniões até mesmo de apoio para as atividades básicas.
Por isso, o debate sobre o capacitismo reflete as formas como a exclusão social se manifesta. Isso significa compensar “como” favorecer as necessidades de apoio às pessoas com deficiência, ou seja, de que maneira os meios podem ser promovidos para auxiliar a inclusão social com o desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo.
O capacitismo combate as várias formas de discriminação na vida cotidiana, seja com atitudes preconceituosas ou até mesmo pelo excesso de cuidado que anula as chances do protagonismo social. Por exemplo, é comum que as pessoas tenham atitudes capacitistas com gestos “gentis”, mas que em uma análise mais profunda estejam engessadas pelo preconceito ao julgar os “incapazes”.
O capacitismo nem sempre é explícito e rude, ele pode se manifestar através de crenças limitantes ou estigmas culturais. Isso construiu barreiras que deixam à margem da sociedade pessoas que poderiam manifestar suas potencialidades.
Contudo, as campanhas de alerta sobre o capacitismo têm informado a população sobre o assunto, inclusive com o governo federal incentivando a denúncia de atos capacitistas , como um novo momento para as pessoas com deficiência na conquista de seus direitos.
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